Na sexta-feira, 15 de agosto de 2025, vivi mais uma noite inesquecível com o segundo lançamento do meu romance Sol e Chifre, no Centro Cultural Vicente Musselli 1, em Valinhos (SP). Cerca de 50 pessoas estiveram presentes para um momento que foi muito além da apresentação de um livro: uma verdadeira roda de diálogo sobre literatura, com troca de ideias, perguntas, sorteio de exemplares e, claro, o sabor da minha terra natal, com os bolos de rolo pernambucanos distribuídos durante o encontro.

Esse lançamento foi especial também porque Sol e Chifre já havia tido sua estreia nacional em julho, na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), na Casa Gueto da Editora Patuá, no Rio de Janeiro. Trazer o livro agora para a cidade onde resido foi como reafirmar que a literatura pode — e deve — nascer, crescer e se fortalecer também nos espaços locais.

A roda de conversa

Um dos momentos mais marcantes foi o bate-papo com três pessoas queridas que aceitaram conversar comigo sobre literatura e sobre a obra: Aurelice Sentalin Valverde, pesquisadora, professora, poeta e membro vitalício da Academia Valinhense de Letras e Artes (AVLA), e Daniel Luis Ghilardi, engenheiro de produção e criador do perfil literário Livreiro Barbudo. Esse momento teve mediação da Mariani Lima, cineasta e roteirista, que já dirigiu curtas como Hikikomori (2013), Isolation (2020), Pandemic Love (2021) e Dez Dias (2024). 

Daniel compartilhou uma leitura muito generosa sobre a força do livro:

“Quem ler esse livro vai se deparar, em vários momentos, com a pergunta: “Por que o Fabson fez isso?”. Ele traz uma profundidade muito grande para a idade que tem. Eu até falei isso para ele: são reflexões de coisas que ele não viveu ainda, mas que aparecem aqui de forma muito forte (...). Ele deu vida a todos os personagens! Mas digo: sensacional. Não tem outra palavra. Realmente, muito bom.”

Já Aurelice destacou como Lena, a personagem principal, ganha vida ao longo da narrativa:

“O livro é muito gostoso de ler. Você conversa com ele; não é uma leitura que cansa. Pelo contrário, instiga um pouco mais (...). Você vai sequenciando a história de uma forma muito fluida. É muito rápido, porque os acontecimentos não ficam 'cozinhando galo', não ficam presos em uma tensão prolongada: já passaram — assim como a vida é. A vida tem essa fluidez, e acho que ele retratou isso muito bem.”

Ela também comentou sobre a diversidade dos personagens:

“Ele deu vida a todos. São personagens muito distintos, mas todos cheios de verdade. É um livro para ler com calma, degustar. E em algum momento, o leitor vai querer perguntar: ‘por quê?’”.


Assista ao vídeo completo:
 


Um passo adiante

Ouvir essas leituras e perceber como o livro reverberou nas pessoas foi um dos maiores presentes que recebi nesta noite. Sol e Chifre é, sem dúvida, um romance que carrega muito de mim, mas que agora já pertence a cada leitor e leitora que o leva para casa.

Da estreia em Paraty até este lançamento em Valinhos, sigo acreditando que a literatura é caminho de afeto, identidade e resistência. E essa noite reforçou ainda mais essa certeza.

Agradecimentos

Quero registrar aqui minha gratidão. Vieram amigos de diferentes momentos da vida, pessoas queridas do teatro, do trabalho, da cultura, e também leitores que chegaram movidos pela curiosidade. Esse apoio me mostra, mais uma vez, que a literatura é antes de tudo um espaço de encontro e partilha.

Tive a alegria de receber amigos, familiares, leitores e artistas, além de representantes da cena cultural da cidade. Entre eles, estavam a vice-presidente da Academia Valinhense de Letras e Artes (AVLA), Cida Reis, e o secretário de Cultura e Turismo de Valinhos, Fabrício Bizarri, que prestigiaram a noite.

Quero agradecer de coração:

  • À minha família, pelo apoio constante nessa jornada. 
  • Aos amigos e leitores, que tornaram a noite ainda mais especial. 
  • À equipe da Editora Patuá, pelo belíssimo trabalho com o livro.
  • À equipe do Centro Cultural Vicente Musselli, pelo acolhimento (David Augusto, Andrea Franklin, Juliette Mamede, Rita Carvalho). 
  • Aos incríveis convidados Aurelice Sentalin Valverde, Daniel Luis Ghilardi e Mariani Lima, que abrilhantaram o bate-papo.
  • Aos veículos de comunicação do Recife (PE), Campinas, Valinhos e região (SP), que ajudaram a dar visibilidade ao lançamento: Patrícia Comissio, Thayna Gemin e Vinícius Di Nardo, do Jornal de Valinhos; Rodrigo, do Expresso News Valinhos; Heriberto Pozzuto, do Pé de Figo; Luciana, da Folha de Valinhos; Bruno "Buli" Marques e Gabriel Previtale, do Jornal Terceira Visão; a equipe do Tribuna Valinhense; Diário Campineiro e revista Cultura em 1 Minuto, na pessoa de Adriano Meneses; Mariana Camba e Cristina Belluco, do Correio Popular; jornal e rádio Folha de Pernambuco, na pessoa de Fábio Nobrega; ao veículo Diario de Pernambuco e Giro Blog, obrigado André Guerra e Paula Losada, por fazerem a ponte com Pernambuco. A cada um de vocês, meu muito obrigado!
Muito obrigado a todos!